Insistir ou desistir?

Continuo mareada!
Enjoo no mar é o tema deste texto. Foi ontem a última e derradeira prova que enjoo a navegar, mas não quando estou no convés, só quando perco as referências exteriores e os meus olhos, ouvidos e cérebro entram numa confusão de mensagens trocadas e não se entendem. O que se passa? Pelo que li por aí é bastante simples, apesar da solução ainda não o ser. Quando entramos no barco os nossos ouvidos reconhecem de imediato o movimento do mar, e se nos mantivermos no exterior os nossos olhos conseguem reconhecer o mesmo movimento, através das referências do horizonte que nos indicam que somos nós quem se movimenta!! O problema põe-se, apenas para algumas pessoas, quando essas referências se perdem e entramos na cabine do barco e tudo o que nos rodeia mantém o mesmo movimento que nós, dando a indicação aos olhos que estamos parados. Aqui as mensagens são díspares, para os ouvidos estamos em movimento, para os olhos estamos parados! Resultado: enjoo! Solução não sei! O que li indicava várias opções para inverter a situação. Primeiro evitar sair do convés, evitar cheiros de cozinhados e de combustível. Esta situação confirmo, infelizmente por experiência própria, quando se navega a motor é muito mais difícil, o cheiro do combustível é a gota de água para terminar um passeio em beleza!

Experimentei duas sugestões para ajudar a dar a volta à minha triste cena. Estando no convés olhar para terra e fixar um elemento no horizonte, só resultou quando, fundeados, fixei um barco perto do nosso e observei uma família a banhos. Pelo menos distraí-me da minha infortunia. A outra sugestão foi dar um mergulho no mar e essa é a melhor, pelo menos ficamos mais fresquinhos! De qualquer forma esta situação nem sempre é possível, pode ser inverno ou podemos estar a navegar.
Bem, o facto é que existem pessoas que enjoam e outras que não. E eu sou das primeiras. A questão que se põe, e porque ainda não experimentei todas as mezinhas e bruxedos possíveis, é se devo insistir ou desistir?